Na sessão ordinária desta terça-feira (10), a Câmara Municipal de Marabá acatou denúncia feita por uma cidadã do município contra o prefeito Toni Cunha (PL) e instaurou comissão processante para investigar os fatos.
A leitura da denúncia foi realizada no início da sessão pela primeira-secretária Vanda Américo. O documento, que foi elaborado pela cidadã Ana Lúcia Farias Gomes, traz uma série de acusações contra o gestor municipal, entre elas a requisição administrativa do Hospital Santa Terezinha sem decreto de calamidade pública, possível execução irregular de obras de sinalização na BR-230, suspeita de sobrepreço em contrato de iluminação pública por adesão à ata da Prefeitura de Natal-RN, e compras diretas sem respaldo legal. A denúncia também aponta falas públicas do prefeito consideradas incompatíveis com o decoro do cargo.
A votação da admissibilidade da denúncia ocorreu ao final da sessão. Foram 12 os votos a favor, oito contra e uma abstenção. Na sequência, foi realizada a escolha dos três membros da comissão, que ocorreu por meio de sorteio entre os 21 vereadores que compõem a Casa de Leis.
A comissão foi formada pelos vereadores Jimysson Pacheco (PL), como presidente; Maiana Stringari (PDT), relatora e Pedrinho Corrêa (PRD), membro, e tem 90 dias para apresentar um relatório para votação em plenário. O processo pode resultar na cassação do gestor municipal.
Pronunciamento de Toni Cunha
Em vídeo divulgado em seu perfil pessoal no Instagram, o prefeito Toni Cunha classificou a denúncia como “fajuta” e afirmou que ninguém vai conseguir intimidá-lo. “Não adianta chantagem, não adianta intimidação. Pra cá não surte efeito”, enfatizou.
Em outra publicação, agradeceu aos vereadores Fernando Henrique, Cabo Rodrigo, Ronisteu Araújo, Dato do Ônibus, Pedro Correia, Marcos Andrade, Dean Guimarães e Priscila Veloso que votaram contra a admissibilidade da denúncia. “Se negaram a participar do circo armado com alegações sofríveis, ridículas”, avaliou.
Redação CKS Online