Pará é o pior Estado para viver no Brasil, com sete das dez piores cidades em qualidade de vida, diz IPS

Ranking aponta Amazônia Legal como a região com a menor qualidade de vida do país. Mais rico que vizinhos, Pará amarga a lanterna

O estado do Pará ocupa a última posição no ranking IPS Brasil 2025, como o pior estado para se viver no país. Com uma nota de apenas 53,71, o Pará se destaca negativamente no cenário nacional, segundo o estádio divulgado neste sábado (31). A situação é ainda mais alarmante quando se observa que sete das dez cidades com a pior qualidade de vida do Brasil estão localizadas no estado.

As duas piores cidades pra se viver no país são Uiramatã, em Roraima, e Jacareacanga, no Pará. Mas entre as dez ainda aparecem seis cidades paraenses , como Anapu, São Félix do Xingu, Portel, Pacajá, Trairão e Banach.

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Veja o ranking dos piores municípios:

Veja o ranking dos estados:

Ranking Estadual e a situação crítica da Amazônia

O estudo revela que os estados da Amazônia Legal dominam as últimas posições do ranking. Além do Pará na 27ª colocação, Maranhão (26º lugar, com 55,96) e Acre (25º lugar, com 56,29) também figuram entre os piores desempenhos. Outros estados da região amazônica igualmente apresentam notas abaixo da média nacional de 61,96, evidenciando um desafio generalizado na área.

Meio Ambiente: O Calcanhar de Aquiles da Amazônia
A análise aprofundada dos 12 componentes que compõem o IPS aponta a Qualidade do Meio Ambiente como a área de maior fragilidade na Amazônia Legal. Os resultados mais críticos do país são encontrados nos municípios situados no chamado “arco do desmatamento”. Essa região enfrenta problemas graves como a perda acelerada de cobertura florestal, a supressão de vegetação secundária, emissões elevadas de Gases de Efeito Estufa (GEE) e a notória insuficiência de áreas verdes nas cidades. Esses fatores contribuem diretamente para a baixa qualidade de vida da população.

Como o índice foi feito?

O índice é composto por 57 indicadores separados em três grupos principais. São eles:


Necessidades Humanas Básicas: avalia se o brasileiro tem acesso a comida, saúde, moradia, segurança.


Fundamentos do Bem-Estar: analisa acesso à educação fundamental, vida saudável, contato com a natureza.


Oportunidades: analisa os dados a respeito de direitos individuais e acesso ao ensino superior.


Para calcular o IPS, que mede e classifica a qualidade de vida nos 5.570 municípios brasileiros, o levantamento cruzou esses indicadores.

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