Parauapebas e Marabá estão entre os sete municípios do estado do Pará onde há confrontos entre as facções Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a 3ª edição do relatório Cartografias da Violência na Amazônia, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto Mãe Crioula.
Além dos dois municípios, há a presença das duas facções em Redenção, Rio Maria, Chaves, Mãe do Rio e Jacundá. Em Altamira, há a presença das facções CV e do Comando Classe A (CCA), e em Castanhal o relatório apontou para a presença de quatro facções. Já em outros dois municípios, localizados na região do Marajó, há a coexistência das facções CV e Família Terror do Amapá (FTA), que não necessariamente estão em conflito.
O Pará foi o estado da Amazônia Legal em que se verificou a maior presença de grupos criminosos, totalizando 73 municípios. Desse total, em 61 há o predomínio pleno de apenas uma facção, onde o CV controla 57 e o PCC os 5 municípios restantes.
O Comando Vermelho é a facção que mais se interiorizou no estado do Pará, controlando boa parte dos municípios das regiões Nordeste paraense, Região Metropolitana de Belém, Região Sudoeste do Pará, Região do Baixo Amazonas e Marajó. O PCC, por outro lado, está mais presente na região Sul e Sudeste do Pará.
A grande novidade foi a identificação de 4 facções em Castanhal, onde o CV atua no microtráfico (varejo), embora ainda haja fortes indícios do PCC atuando no atacado, utilizando o município como um hub logístico para o escoamento de drogas, sobretudo para a região do Nordeste brasileiro.
Além dessas duas facções, foram presos na cidade de Castanhal, localizada na Região Metropolitana de Belém, membros das facções nordestinas Bonde do Maluco (BDM) 115 e Guardiões do Estado (GDE) 116, o que coloca em dúvida se esses membros dessas facções estariam utilizando o município como espaço de refúgio ou para negociar com o PCC e, a partir desse município, levar mercadorias até os estados nordestinos.
Uma resposta
Interessante o trabalho de vocês,mas precisamos saber quem dá cobertura para essa coisa acontecer