Prefeitura de Marabá entrega Teatro Municipal e Centro Cultural

A cerimônia de entrega dos dois novos equipamentos público culturais: o Teatro Municipal Eduardo Abdelnor e o Centro Cultural Marcelo Morhy, na Folha 16, na noite deste quarta-feira, 18, foi marcada por várias apresentações culturais. Diversas autoridades e representantes do setor de cultura de Marabá estiveram presentes no evento, que inicia um novo momento para a cultura e atividades de entretenimento na cidade.

O prefeito Sebastião Miranda analisou o papel dos novos espaços para a área cultural de Marabá. “É uma obra muito importante para a cultura. Vai permitir que Marabá fique no circuito cultural. Um teatro belíssimo, um centro cultural belíssimo. É mais uma missão cumprida”, comentou.

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Os novos espaços serão geridos pela Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), que esteve à frente do projeto e que foi executado com recursos provenientes de captação da Lei Rouanet por meio da Mineradora Vale e com recursos próprios do município. Foram R$ 9 milhões de reais investidos ao todo.

A presidente de FCCM, Vanda Américo, lembra que ter um teatro desse porte era um sonho que se tornou realidade. “Esse espaço vai trazer grandes espetáculos desse país para cá. O centro cultural para fazer especializações na área de dança, audiovisual, danças modernas, contemporâneas, teatro. Precisamos criar uma cultura de teatro na região e esse espaço, o centeo cultural traz isso. É um espaço democrático. Está entregue. Vamos fazer bom uso. Todos nós somos responsáveis por esse espaço”, ressaltou.

O presidente da Fundação Cultural do Pará (FCP), Thiago Miranda, participou da cerimônia e ressaltou que o novo teatro fortalece a cultura e abre novas oportunidades. “Esse teatro, para a gente, é mais construção não só da cultura paraense, mas também uma evolução da nossa cultura local que, com certeza, ganha um grande equipamento que vai não só incentivar eventos locais como trazer eventos estaduais, nacionais, para vir se apresentar aqui e fortalecer o nosso teatro, fortalecer todo tipo de cultura. E nós, marabaenses, ganharemos qualidade de vida, uma espaço para eventos de todos os tipos, para toda a sociedade utilizar e aproveitando o que há de melhor”, afirmou.

O secretário de Cultura de Marabá, Genival Crescêncio, avalia que a inauguração do teatro é um sonho realizado para o setor artístico e cultural da cidade, tornando Marabá uma das únicas cidades do interior da Amazônia a ter um equipamento público dessa magnitude. “O que vem fazer com que a nossa classe artística venha usufruir desse belo espaço nos próximos anos. Valeu a pena aguardar. O espaço está muito belo, equipamentos de última geração. É um presente nesse final de ano para os produtores culturais da nossa cidade”, observou.

O teatro, o centro cultural e as áreas externas ocupam cerca de 5 mil m². O teatro possui 400 assentos para plateia, camarins, banheiros coletivos e individuais, banheiros para pessoas com deficiência, lanchonetes, sala de repouso, bilheteria e administração.

O centro cultural possui 17 setores entre salas de apresentação para as oficinas, áreas de convivência, salas de dança, música, audiovisual, salas de aula e biblioteca infantil.

A titular da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop), Ana Betânia Moreira, destaca que a Folha 16 recebeu obras importantes, reforçando o papel de polo esportivo e cultural.

“Eu acredito muito em três pilares que podem transformar uma sociedade: esporte, cultura e educação. Aqui, na Folha 16, nós temos um verdadeiro complexo cultural e esportivo: o ginásio Renato Veloso foi revitalizado, entregamos o centro de esportes aquáticos, uma piscina semiolímpica nos padrões internacionais, e fechamos agora com o teatro e o centro cultural. É um prédio acessível, de todos e para todos. A população de Marabá ganha muito”, destacou.

Parte dos recursos investidos para a construção dos equipamentos foi proveniente da Lei Rouanet, que faz captação do setor privado para iniciativas culturais. A Vale foi a empresa captada para o empreendimento, como ressalta o gerente de relações institucionais da empresa, Saulo Lobo.

“É um recurso incentivado pela Lei Rouanet e a Vale vê uma oportunidade de desenvolver o município. Inclusão social. Promover também a economia criativa, a difusão da cultura no município, fortalecendo cada vez mais essa veia cultural que o município tem”, comentou.

Repercussão

O setor cultural esteve presente e demonstrou entusiasmo com os novos espaços. Um dos representantes foi o produtor cultural Anderson Souza, que tem um amplo trabalho com juninas do município, além de outras atividades na área de cultura.

“Marabá ganha muito com esse espaço, que vai fomentar bastante a cultura, principalmente por ser um palco que vai nos proporcionar grandes espetáculos e eu, como produtor cultural, espero que a partir de agora seja gerido de uma forma acessível e democrática para todo mundo”, declarou.

A escritora e atriz Lara Borges celebra a inauguração dos espaços e compartilha o sentimento sobre o futuro da área cultural. “É um momento histórico, muito especial e único para Marabá porque há muitos anos, nós, fazedores de arte, teatro e cultura, sonhávamos com esse espaço hoje é um momento para se comemorar e se alegrar. Que esse espaço seja aberto para que tenha vida, que a cultura more aqui dentro e que tenha vários espetáculos, vários eventos importantes, fortalecendo a nossa cultura e os fazedores de cultura de Marabá”, avaliou.

Homenagem

O Centro Cultural Marcelo Morhy recebeu esse nome como homenagem a um dos músicos mais proeminentes da cidade nos anos 2000, que faleceu em 2011, vítima de um acidente automobilístico. Marcelo Mohry era um artista frequente nas noites marabaenses, tendo sido campeão do Festival da Canção de Marabá (Fecam).

O Teatro Municipal Eduardo Abdelnor homenageia o ator marabaense que teve carreira em novelas, radionovelas e filmes do cineasta Líbero Luxardo como Um dia qualquer(1965), Marajó – Barreira do Mar (1967) e Um diamante e cinco balas (1968), que foi ambientado em Marabá. Ele também ocupou o cargo de secretário municipal de Educação, diretor da Escola Plínio Pinheiro e foi corretor de imóveis, tendo fundado uma imobiliária em 1972. Faleceu em 1999, deixando esposa e quatro filhos.

O filho de Eduardo, Nagib Melo Abdelnor, participou da cerimônia representando a família. Ele fala sobre a surpresa homenagem e o potencial que o teatro pode trazer para Marabá.

“Para a nossa família, a gente ficou surpreso com isso. Meu pai faleceu em 1999 e, após 25 anos, ele foi lembrado por tudo o que ele fez. Fez três filmes, foi diretor de colégio, secretário. Nós ficamos muito agradecidos com essa homenagem e eu vim aqui representar a família para mostrar nosso agradecimento. A cultura é importante em todos os lugares. Eu vejo que Marabá pode crescer nisso. Esse teatro pode gerar um sentimento de orgulho e aumentar a presença de Marabá não só no estado como no Brasil todo”, disse.

As atrações musicais da cerimônia ficaram por conta da Orquestra Popular Marabá, Aqno, Lynda Sousa e Ayla Marques.

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